Uberaba não é apenas mais uma cidade do Triângulo Mineiro. Desde março de 2024, ao receber o título de Geoparque Mundial da UNESCO, tornou-se referência nacional em turismo sustentável e patrimônio científico-cultural. A conquista, inédita em Minas Gerais e única no Sudeste, integra Uberaba a uma seleta rede global de territórios que conciliam conservação, educação e desenvolvimento sustentável. Mas o que isso realmente representa para o visitante e para a cidade?
A resposta está no
projeto “Terra de Gigantes”, estruturado em três pilares robustos: o patrimônio paleontológico de Peirópolis, com
fósseis de dinossauros do Cretáceo Superior; o protagonismo agropecuário como capital mundial do Zebu, responsável por
movimentar bilhões em exportações; e o legado
cultural de Chico Xavier, ícone do espiritismo reconhecido
internacionalmente. Esses fundamentos não são apenas narrativas: são evidências
que sustentam a autenticidade de Uberaba como destino turístico estratégico,
científico e espiritual.
De acordo com dados
do Ministério do Turismo, a chancela da UNESCO pode elevar em até 30% o fluxo
turístico em regiões reconhecidas, fomentando a economia local e reforçando o
valor do patrimônio imaterial e natural. Uberaba, com sua rica geodiversidade e
tradição histórica, já demonstra sinais desse avanço, atraindo investimentos,
estudos acadêmicos e novos visitantes interessados em experiências
significativas.
No entanto, é
preciso ir além do título. O desafio está em transformar o reconhecimento em
políticas públicas duradouras e em infraestrutura que sustente o turismo de
forma ética e inclusiva. Uberaba está diante de uma oportunidade ímpar: fazer
da sua história milenar uma plataforma de futuro. O mundo está de olhos abertos
— cabe à cidade mostrar, com consistência e orgulho, o que significa ser, de
fato, uma Terra de Gigantes.

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